Um caso sobre o brincar, o Psicodrama e as relações afetivas
Palavras-chave:
psicodrama infantil, jogos, estudo de casoResumo
Este artigo versa em torno de um caso clínico infantil acompanhado numa clínica-escola de Psicologia. A cliente foi encaminhada para acompanhamento psicoterápico sob queixas de mau comportamento e baixo rendimento da escola em que estudava e, de acordo com sua mãe, em razão de comportamentos hostis na família. O trabalho objetiva discutir um caso clínico infantil à luz de referencial teórico do Psicodrama. Notou-se que por meio das brincadeiras de “casinha”, a cliente frequentemente dirigiu atitudes agressivas e hostis de suas personagens (filha, mãe, avó) em relação ao personagem desempenhado pelo estagiário (avô/pai). Observou-se que, por somente ocorrer nessa modalidade lúdica, a “casinha” representou, dentro da realidade suplementar, um espaço singular de catarse, espontaneidade criativa, economia da ação e expressividade.
Downloads
Referências
Almeida, W. C. (2010). Além da catarse, além da integração, a catarse de integração. Rev. Bras. Psicodrama, 18(2), 75-95.
Amatruda, M. J. (2008). Viagem no tapete mágico: métodos psicodramáticos com pré-púberes. In J. Gershoni (Org.), Psicodrama no século 21: aplicações clínicas e educacionais (pp. 133-148). São Paulo: Ágora.
Barreto, M. C., & Barletta, J. B. (2010). A supervisão de estágio em Psicologia clínica sob as óticas do supervisor e do supervisionando. Cadernos de Graduação, 12(12), 155-171.
Carvalho, L. A., & Limaverde, M. N. L. A. (1994). Psicodrama infantil: estratégias e correlações com a criança e a família. Rev. Bras. Psicodrama, 11(1), 77-88.
Carvalho, M. D. S., & Queiroz e Melo, M. F. A. (2017). O eu em cena: o jogo no Psicodrama e os jogos eletrônicos. Rev. Bras. Psicodrama, 25(1), 94-100.
Costa, M. I. M., & Dias, C. M. S. B. (2005). A prática da psicoterapia infantil na visão de terapeutas nas seguintes abordagens: psicodrama, Gestalt-terapia e centrada na pessoa. Estudos de Psicologia, 22(1), 43-51.
Ferrari, D. C. A. (1980). O jogo e o psicodrama infantil: uma correlação entre as teorias de desenvolvimento de J. L. Moreno e D. W. Winnicott. Rev. Bras. Psicodrama, 3(1), 214-216.
Fleury, H. J. (1999). A dinâmica de grupo e suas leis. In W. C. Almeida (Org.), Grupos: a proposta do Psicodrama (pp. 49-57). São Paulo: Ágora.
Kellermann, P. F. (1998). Psicodrama em foco: seus aspectos terapêuticos (E. C. Heller, Trad.). São Paulo: Ágora.
Lepsch, M. P. (2015). A importância do brincar no Psicodrama com crianças. Outras Palavras, 11(1), 24-30.
Lopes, I., & Dellagiustina, M. (2017). Psicoterapia infantil mediada por contos infantis: estudo de caso na perspectiva do Psicodrama. Rev. Bras. Psicodrama, 25(1), 28-37. doi: 10.15329/2318-0498.20170004
Monteiro, R. F. (1993). O jogo no Psicodrama. In R. F. Monteiro (Org.), Técnicas fundamentais do psicodrama (pp. 206-217). São Paulo: Brasiliense. Moreno, J. L. (1997). Psicodrama (13a ed., A. Cabral, Trad.). São Paulo: Cultrix.
Motta, J. M. C. (2002). Jogos: repetição ou criação? Abordagem psicodramática (2a ed.). São Paulo: Ágora.
Patterson, L. E., & Eisenberg, S. (2013). O processo de aconselhamento (4a ed., M. Alonso, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.
Pinto, A. C. B., Lima, E. O., & Costa, A. M. B. C. (2009). Um espaço para ser: sociopsicodrama em um abrigo para crianças. Rev. Bras. Psicodrama, 17(1), 137-154.
Soliani, M. L. C. (1993). Realização simbólica e realidade suplementar. In R. F. Monteiro (Org.), Técnicas fundamentais do psicodrama (pp. 69-84). São Paulo: Brasiliense.
Tavora, M. T. (2001). Treinamento em psicoterapia individual, de grupo e de casal: um guia para supervisores e terapeutas iniciantes. Fortaleza: Casa de José de Alencar.
Wechsler, M. P. F., Santos, T. F., Santos, M. A., & Silveira, M. N. (2014). Psicodrama com crianças: das intervenções clínicas às psicossociais. Rev. Bras. Psicodrama, 22(2), 25-35.