Psicodrama público: Por quê? Para quê?
Palavras-chave:
Psicodrama público, ato e processo, clínica sociopolítica, ciência éticaResumo
Este artigo tem o objetivo de, por meio da apresentação de fragmentos de direções da autora no Centro Cultural São Paulo, tecer reflexões sobre o ato / processo vivido pelos frequentadores, apontando para as semelhanças e diferenças entre eles. Da perspectiva das semelhanças pontuam-se as aprendizagens que ambos propiciam para os usuários: aprendizagens de ordens singulares, relacionais, culturais, sociais, políticas, éticas e estéticas. Da perspectiva das diferenças entre ato e processo, pontua-se a necessidade dos diretores e gestores do projeto serem corresponsáveis pelos efeitos em curso, atualizando uma leitura articulada às respostas sobre o quê está em jogo, ou seja, a necessidade da demanda do momento, visada dentro do processo, o por quê trabalhar os sofrimentos identificados, o como manejá-los de uma perspectiva sociodramática e o para quê trabalhar a serviço da autonomia e conhecimentos emancipatórios da população, traduzindo a utopia moreniana, que aponta para os movimentos que levam às transformações sociais. Isto faz do locus Centro Cultural São Paulo uma clínica sociopolítica. Nas considerações finais, é feita uma tessitura sobre a questão: Psicodrama, uma ciência ética? Responde-se, pelos vértices da crítica, à uma razão instrumental, e pela necessidade de se devolver ao senso comum o que partiu dele para se formular uma ciência.
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Referências
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